Casa de Cultura Professor Gerson Pinheiro: arte e tradição em Ipanema
Espaço no bairro carioca abriga legado do patrono
Gerson Pompeu Pinheiro demonstrou seu excepcional tendência artística ainda na infância. Paulista nascido em Campinas, no início dos anos 1910, iniciou na pintura aos 7 anos, com um projeto inusitado: retratou a figura de Dom Pedro II em tamanho natural, confirmando seu extraordinário talento de menino-prodígio. Aos 12 anos, sua obra "Homenagem do Presente ao Passado" foi premiada na Exposição Comemorativa do Centenário da Independência do Brasil.
Essa e outras tantas obras do artista estão preservadas na Casa de Cultura Gerson Pinheiro, criada pelo filho Luiz Otávio Damasceno Pinheiro em projeto da arquiteta Dorys Daher, que comandou as adaptações necessárias ao imóvel situado no icônico bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro.
A trajetória do artista teria outros importantes reconhecimentos, como pintor, arquiteto, intelectual e professor. Formou-se em Arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes e, além de participar dos principais salões de Arte do Rio, viajou a Paris para estudar na Academia Julien, quando entrou em contato com o cenário europeu de arte moderna.
Em paralelo, desenvolveu carreira literária escrevendo artigos, livros e manuais de Arte. Contribuiu para a história da Arquitetura brasileira, e como educador, exerceu o cargo de diretor da Escola Nacional de Belas Artes, formando gerações de artistas.
Gerson Pinheiro morreu em 1978. Suas obras integram acervos de diversos museus, galerias e coleções; sua versatilidade artística é de imensa importância para o legado cultural do País, perpetuando seu nome entre os grandes que produziram no século XX. A Casa de Cultura em Ipanema mantém um minimuseu com 180 obras do acervo do artista que lhe dá o nome, ocupando um andar do edifício.
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Fotos: Divulgação
Minimuseu conta a trajetória de Gerson Pinheiro em Ipanema
Em destaque, a pintura de Dom Pedro II feita pelo artista ainda na primeira infância
